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WICCA

 

 

Existem diversas tradições dentro da Wicca. Algumas, como a Wicca Gardneriana e a Alexandrina, seguem a linhagem iniciática de Gardner; ambas são frequentemente denominadas de wicca tradicional britânica, e muitos dos seus praticantes consideram que o termo "Wicca" possa ser aplicado unicamente a elas. Outras, como o cochranianismo, Feri e a Tradição Diânica, tomam como principal influência outras figuras e não insistem em qualquer tipo de linhagem iniciática. Alguns destes não usam o termo "Wicca", preferindo "Bruxaria", enquanto outros crêem que todas estas tradições podem ser consideradas wiccanas.

Acredita-se ter por volta de 800 mil adeptos nos Estados Unidos e Grã Bretanha. No Brasil, estima-se que existam 50 mil adeptos, cuja concentração reside em São Paulo e Brasília.

Cada membro usa a magia com a intenção de entrar em contato com o divino dentro de si além de se associar as forças externas da natureza. Os adeptos da wicca não abordam a magia como algo relacionado ao universo sobrenatural, mas incompreendida pelas pessoas comuns.

Associado ao planeta Vênus, o pentagrama significa que o homem é o complemento simétrico da natureza. O adepto deve trazê-lo sempre junto a si, como símbolo de sua relação entre o reino visível e invisível dos quatro elementos.

O Código Moral é simples e benevolente: “sem prejudicar ninguém, realize a sua vontade“. Ou seja, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém ou você mesmo. Existem algumas virtudes que devem estar presentes nos seus adeptos: “humildade, compaixão, poder, força, reverência, honra, alegria e beleza”. A natureza wicca se apoia na liberdade de sua consciência, nada rejeita do ser humano como pecaminoso ou intrinsecamente mau.

A manifestação das divindades pode se apresentar tanto como masculina ou feminina. O princípio criador é feminino e dela foi criado o princípio masculino, que ao completá-la, deu-se a criação do Universo.
O aspecto feminino, a deusa tríplice (virgem, mãe e anciã) representa a fertilidade, a criação, os poderes regeneradores da natureza e a sabedoria.

O deus chifrudo é o deus Cornífero, a deidade fálica e corresponde ao princípio masculino, a criatividade intelectual. Pode ser representado como um homem barbado, com os cascos e os chifres de um bode. Esse deus seria a contraparte masculina da imagem da deusa, também chamado de Cernunnos, Pã, Woden, etc. .
A Igreja Católica, numa tentativa de erradicar a adoração do antigo deus da fertilidade, transformou-o em seu símbolo do mal (diabo).

A Arte dos Sábios, como a wicca também é conhecida, é considerada uma religião de princípio monista, culto dualista, crença politeísta e faz parte do ressurgimento atual do movimento neopagão. Sua proposta é a harmonia e o respeito a todas as formas de vida. Assim, criou espaço para uma ecologia sagrada e o diálogo inter-religioso com outras formas de espiritualidade.

Wicca deriva de witchraft, ou “wiccian”, ou seja, bruxaria. Crê-se que o termo se consolidou com a publicação das obras de Aleister Crowley (1875-1947) e Gerald Gardner (1884-1964) entre 1930 e 1940. Houve uma popularização na década de 50 nos Estados Unidos e, em 1970, obteve grande impacto social junto à cultura hippie através de Alexander Sanders (1926-1988).
Em 1990, a wicca não era vista apenas como uma questão de crença, mas de envolvimento emocional em cerimônias celebratórias às forças da natureza, de uma moral positiva, alem de ter como base o respeito pelo ser humano e o ambiente.

Sua natureza é xamanística, inclui a prática de várias formas de magia e o que varia é sua intenção. Ela também pode ser vista como a religião da ecologia cujo objetivo é a harmonização com a natureza e a própria vida.

Baseada na força da natureza prega o amor fraterno e a harmonia, além do respeito por todas as formas de vida. Nos rituais da wicca, a divindade costuma manifestar-se sob a forma feminina, o que resultou na participação de um grande número de mulheres. Os conceitos de pecado ou culpa são vistos como uma interpretação errada das experiências de crescimento. O respeito e amor pela natureza como algo divino contribuiu para uma conscientização ecológica.

Os seguidores da religião são chamados de wiccanos e wiccanas (ou bruxos e bruxas). Eles usam um ou mais nomes secretos (nomes de iniciação), considerados sagrados e conhecidos somente entre eles. Eles relutam em aceitar qualquer idéia sem uma investigação pessoal. Também existe a conscientização de que, se quiserem atingir qualquer um dos seus ideais, deverão praticar o que estudam.

Muitos wiccanos trabalham em pequenos grupos chamados covens. Cada coven é dirigido por uma alta sacerdotisa ou alto sacerdote. Reúnem-se para adorar a deusa nos sabás e esbás. Os membros de um coven chamam-se coveners e o lugar de reunião, covenstead. Os que trabalham sozinhos são chamados bruxos solitários.

Basicamente, o círculo mágico é o mais importante a ser feito em todo ritual, pois sua característica principal é a de reunir o grupo com amor. É traçado com giz ou carvão cujo intuito é a proteção dos seus membros. Outras figuras são incluídas como o quadrado, triângulo, pentagrama, entre outros. O conhecimento sobre a cabala e astrologia também estão presentes.

Os ritos são realizados dentro de um círculo e os símbolos presentes são: o altar, o athame (faca, símbolo do falo do deus que contém marcas e símbolos), o caldeirão, o cálice (representando o graal), a espada cerimonial para traçar o círculo (o giz e o carvão são também usados) e a estrela de seis pontas.
Também estão presentes os incensos, o material cabalístico, o pentagrama (estrela de cinco pontas), o símbolo da Lua crescente, cheia e minguante (virgem, mãe e anciã; a representação de Sophia), as túnicas cerimoniais, a vara (varinha), a vassoura ritual e as velas.
Não faltam os cantos, a música, os colares, as tiaras, os braceletes, entre outros.

Nas décadas de 20 e 30 a antropóloga e egiptóloga Margaret Murray (1863-1963) escreveu livros considerados fundamentais para a compreensão da religião wicca. Explicou que as mulheres acusadas de bruxaria, perseguidas e mortas na Idade Média eram adeptas ao culto wicca e não adoradoras do satanismo
Nos anos 50 e 60 foi popularizada sendo considerada como um movimento da Nova Era, ganhando muitos adeptos nos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. No Brasil, os grupos surgiram na década de oitenta e 90, especialmente na cidade de São Paulo e Brasília.

Os adeptos usam uma vestimenta ritual que inclui um cordão amarrado na cintura. A religião valoriza o corpo acima de tudo, pois é o depositário vivo de energias. Quando está desnudo simboliza o abandono da sua personalidade social.

A religião wicca é formada por várias seitas ou “tradições” como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tânica, Georgiana, Tradicionalista Ética e outras. Acreditam na força dos quatro elementos “terra, fogo, ar e água” contidos na natureza que são evocados durante seus rituais.

O wicca se baseia em ritos precisos de inspiração pagã e nos ciclos de força da natureza. Existem dois tipos de cerimônia: o Esbat relacionado às fases da Lua, cuja intenção é trazer um novo impulso para a consciência e os Sabás (dias sagrados).
Existem oito festivais celebrados durante o ano.
* Yule (celebrado no solstício de inverno),
* Imbolc (2 de fevereiro),
* Ostara (equinócio da primavera em março),
* Beltane (1° de maio),
* Litha (solstício de verão),
* Lughnasadh (1° agosto),
* Mabon (equinócio de outono),
* Samhain (celebrado no dia de halloween).

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